Tecnologias e Novas Educações

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terça-feira, 21 de setembro de 2010

" O som da cibercultura" Pierre Levy

No capítulo VIII- do livro Cibercultura o autor Pierre Levy (1997) traz o tema "O Som da Cibercultura". Segundo Levy a cibercultura dispõe de uma imensa variedade de gêneros artísticos. E nos mostra um aspecto importante é a interação e a possibilidade de colaboração existente entre artistas e engenheiros na construção de uma boa obra, espécie de construção coletiva. Mostra que é possível a construção de uma boa arte virtual, mesmo que autor e gravação forem relegados a segundo plano.
No passado a música popular era produzida e consumida localmente. Ultimamente a música "mundializou-se". O fenômeno da música de massa tornou rumo mundial, sobretudo, com a possibilidade da gravação, especialmente com o rock e o pop nos anos 60 e 70. A universalização fortaleceu especialmente com a música TECNO.
A música eletrônica é radial expressão da cultura universal- é planetária e está radicada em pontos metropolitanos. Sua estética compreensível pelo apego e apelo a tribalidade recebeu reforço da rede das redes- a internet - expandiu seu conceito de maneira mais urgente em partes as mais diversas do planeta Terra.
A textura da música e formada por timbres sintetizadores, é o resultado da conexão entre a tecnologia de ponta, permanente experimentação estética e sensibilidade rizomática, que toma as expressões artísticas não como uma manifestação local, mas como uma sensibilidade que a conecta à noosfera, teia inteligente enorme e invisível, que pode pensar a vida e o mundo de maneira não egoísta.
A produção da música eletrônica desmonta o pop estar, a estrela intocável, o virtuoso. Pode-se dizer que a música eletrônica e seus instrumentos de produção democráticos- sampler, sintetizadores, vinis, md's, pick ups, groove boxes... dá poderes de importância e criação artística ao homem comum, sem teoria musical e resgata um dos melhores ideários do século passado, o ideário punk: faça você mesmo. Na música eletrônica cada um de nós é um átomo da teia,não tem rosto, é para todos, não tem dono.
Além disso, a música eletrônica foge da canção tradicional (início, refrão, meio, refrão e fim). Sua maior característica é ser binária eternamente inacabada, sem inicio, sem meio, sem fim; é manipulável , recortável e remivável. è uma música também repetitiva, feito o som tribal dos índios, a música eletrônica pode ser considerada como o nosso mantra tecnológico, disponível para promover a alegria.

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