Tirando dúvidas
A WebQuest é uma atividade coletiva baseada na pesquisa orientada, em que quase todos os recursos e fontes utilizadas para o desenvolvimento da atividade são provenientes da Web.
Pedagogicamente, esta página é uma atividade didática baseada na prática da pesquisa orientada, na qual grupos de estudantes devem desenvolver a pesquisa de forma colaborativa. Dodge organizou a metodologia com a seguinte estrutura: a) Introdução – o professor deve contextualizar o tema de pesquisa proposto, instigando os aprendizes para a pesquisa propriamente dita; b) Desafio – nesta etapa o professor deve apresentar as questões de estudo e o problema da pesquisa; c) Tarefa e seu desenvolvimento – aqui o professor deve explicar com mais detalhes o enunciado da atividade, orientando os aprendizes no desenvolvimento da atividade como um todo; d) Recursos – o professor deve disponibilizar os links (URL) dos materiais e fontes de pesquisa disponibilizados na Web; e) Avaliação – na WebQuest a avaliação da aprendizagem e da produção do aprendiz deve ser transparente, aqui o professor deve disponibilizar os critérios e indicadores de avaliação do processo de aprendizagem e dos produtos gerados pela atividade; f) Créditos – indicar a autoria dos recursos e fontes disponibilizados, bem como os dados do autor da WebQuest.
Tecnologias e Novas Educações
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Texto sobre video
VÍDEOS - COMUNICAÇÃO E PRODUÇÃO
Vídeos são instrumentos de comunicação e de produção
José Manuel Moran
Entrevista publicada no Portal do Professor do MEC
em 06.03.2009
Doutor em Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP), José Manuel Moran é assessor da Faculdade Sumaré, em São Paulo e professor aposentado da USP. Nascido na Espanha e naturalizado brasileiro, Moran é um estudioso das formas de integração entre as tecnologias de comunicação, especialmente a internet, na educação presencial e a distância, dentro de uma visão humanista e inovadora.
Tem vários artigos e livros publicados sobre comunicação pessoal, educação e tecnologias, onde procura integrar a visão humanista com a inovação tecnológica. Como ver televisão (1991) e Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica (2000) são algumas de suas obras.
Nas décadas de 70 e 80 participou do Projeto Leitura Crítica da Comunicação, da União Cristã Brasileira de Comunicação Social (UCBC), que orientava pais e professores não só a analisar os meios de comunicação, principalmente a televisão e o jornal, como também a integrá-los como tecnologias e mídias na educação.
Jornal do Professor - De que maneira os vídeos podem facilitar o processo de ensino e aprendizagem?
José Manuel Moran - As linguagens da TV e do vídeo respondem à sensibilidade dos jovens e da grande maioria da população adulta. São dinâmicas, dirigem-se antes à afetividade do que à razão. As crianças e os jovens lêem o que pode visualizar, precisam ver para compreender. Toda a sua fala é mais sensorial-visual do que racional e abstrata. Lêem nas diversas telas que utilizam: da TV, do DVD, do celular, do computador, dos games.
Os vídeos facilitam a motivação, o interesse por assuntos novos. Os vídeos são dinâmicos, contam histórias, mostram e impactam. Facilitam o caminho para níveis de compreensão mais complexos, mais abstratos, com menos apoio sensorial como os textos filosóficos, os textos reflexivos.
Os vídeos também são um grande instrumento de comunicação e de produção. Os alunos podem criar facilmente vídeos a partir do celular, do computador, das câmaras digitais e divulgá-los imediatamente em blogs, páginas web, portais de vídeos como o YouTube.
Os computadores e celulares deixaram de ser apenas ferramentas de recepção. Hoje, são também de produção. Uma criança pode tirar fotos ou fazer vídeos com um celular e publicá-los na internet. Professores e alunos podem ter acesso a inúmeros vídeos prontos e assisti-los no momento ou salvá-los para exibição posterior. Ao mesmo tempo, todos podem editar, produzir e divulgar novos conteúdos a partir do computador ou do celular. Entramos numa nova era da mobilidade e da integração das tecnologias, como nunca antes foi possível.
JP - Como os vídeos podem ser utilizados em sala de aula?
JMM - Os vídeos podem ser utilizados em todas as etapas do processo de ensino e aprendizagem. Os principais usos são:
Para motivar, sensibilizar os alunos – É, do meu ponto de vista, o uso mais importante na escola. Um bom vídeo é interessantíssimo para introduzir um novo assunto, para despertar a curiosidade, a motivação para novos temas. Isso facilitará o desejo de pesquisa nos alunos para aprofundar o assunto do vídeo e da matéria.Para ilustrar, contar, mostrar, tornar próximos temas complicados – O vídeo pode ajudar a tornar mais próximo um assunto difícil, a ilustrar um tema abstrato, a visibilizar cenários de lugares, eventos, distantes do cotidiano. Hoje, é muito mais fácil do que antes encontrar e visualizar vídeos sobre qualquer assunto importante na internet, em portais como o YouTube, por exemplo.
Como vídeo-aulas – Alguns vídeos trazem assuntos já preparados para os alunos, já estão organizados como conteúdos didáticos. Utilizam técnicas interessantes de manter o interesse, como dramatizações, depoimentos, cenas de filmes, jogos, tempo para atividades. Podem ser adequados para que o professor não tenha que explicar determinados assuntos. O professor age a partir do vídeo, com questionamentos, problematização, discussão, elaboração de síntese, formas de aplicação no dia-a-dia. Esses vídeos podem ser disponibilizados no portal da escola e os alunos podem acessá-los fora da sala de aula também.
Vídeo como produção individual ou coletiva – As crianças adoram fazer vídeo e a escola precisa incentivar o máximo possível a produção de pesquisas em vídeo pelos alunos. A produção em vídeo tem uma dimensão moderna, lúdica. Moderna, como um meio contemporâneo, novo e que integra linguagens. Lúdica, pela miniaturização das câmaras, que permite brincar com a realidade, levá-las junto para qualquer lugar. Filmar é uma das experiências mais envolventes tanto para as crianças como para os adultos. Os alunos podem ser incentivados a produzir dentro de uma determinada matéria, ou dentro de um trabalho interdisciplinar. E também produzir programas informativos, feitos por eles mesmos e colocá-los em lugares visíveis dentro da escola e em horários onde muitas crianças possam assisti-los e também na página web da escola ou em blogs ou portais da internet.
O vídeo também é importante para documentação, registro de eventos, de aulas, de estudo do meio, de experiências, de entrevistas, depoimentos. Isto facilita o trabalho do professor, dos alunos e da comunidade. Esse material pode ser divulgado, quando conveniente, na internet.
O vídeo também pode ser útil para avaliação, principalmente as que mostram situações complexas, estudos de caso, projetos, sozinho ou com textos relacionados.
JP - Que tipo de atividade deve ser evitada quando se está trabalhando com vídeos nas escolas? Que tipo de atividade é mais adequada?
JMM - Algumas formas inadequadas de utilização do vídeo:
Vídeo-tapa buraco: colocar vídeo quando há um problema inesperado, como ausência do professor. Usar este expediente eventualmente pode ser útil, mas se for feito com frequência, desvaloriza o uso do vídeo e o associa - na cabeça do aluno - a não ter aula.
Vídeo-enrolação: exibir um vídeo sem muita ligação com a matéria. O aluno percebe que o vídeo é usado como forma de camuflar a aula. Pode concordar na hora, mas percebe o mau uso.
Vídeo-deslumbramento: O professor que acaba de descobrir a facilidades de baixar vídeos da Internet costuma empolgar-se e exibi-los em todas as aulas, esquecendo outras dinâmicas mais pertinentes. O uso exagerado do vídeo diminui a sua eficácia e empobrece as aulas.
Vídeo-perfeição: Existem professores que questionam todos os vídeos possíveis porque possuem erros de informação ou estéticos (qualidade). Os vídeos que apresentam conceitos problemáticos podem ser usados para uma análise mais aprofundada a partir da sua descoberta, problematizando-os.
Só exibição: não é satisfatório, didaticamente, exibir os vídeos sem discuti-los, sem integrá-lo com os assuntos das aulas, sem rever alguns momentos mais importantes.
Algumas atividades mais adequadas são: introduzir um assunto, complementar informações; provocar discussões, trabalhos de grupo para discussão, debates; levantamento de sugestões do grupo, estudo dirigido para verificação da compreensão e da habilidade de transferir conhecimentos recebidos para novas situações (projetos); alunos protagonistas, fazendo trabalhos em vídeo, apresentando-os para a classe e divulgando-os na página web da escola.
JP - Quais os benefícios que a produção de vídeos pode trazer para os alunos?
JMM – Maior interesse dos alunos (linguagem familiar); aulas mais atraentes, pois os vídeos estimulam a participação e as discussões; alunos desenvolvem mais a criatividade, sua comunicação audiovisual e a interação com outros colegas e outras escolas; melhor fixação dos assuntos principais pelos alunos (visão mais concreta sobre eles), já que os vídeos trazem a realidade para a sala de aula e para a aprendizagem significativa; complementação das discussões do material impresso.Mas nem tudo são benefícios. Os professores, apesar de reconhecer muitas vantagens no uso do vídeo, utilizam-no realmente pouco. A maior parte só trabalha com o vídeo na sala de aula esporadicamente, não habitualmente. Há dificuldades materiais, e principalmente, dificuldades em ter o material adequado para o programa da matéria. A maior parte dos professores não conhece os vídeos que existem na sua área, quais são bons e, os poucos que eles conhecem, nem sempre estão disponíveis, por razões econômicas. Percebe-se, ainda, uma grande desinformação no uso do vídeo, não só tecnicamente, mas principalmente didaticamente.
JP - Quais dicas o senhor daria para professores que nunca trabalharam com produção de vídeos antes? O que deve ser observado mais atentamente pelos professores?
JMM - Que observem e aprendam com seus alunos. Os mais novos têm uma facilidade no manuseio de muitas telas (da TV, do celular, do computador, dos videojogos, das câmaras digitais). É importante aprender com eles e, ao mesmo tempo, fazer algum curso que inclua aspectos técnicos e pedagógicos. Um dos esquemas básicos de organização da produção de um vídeo um pouco mais complexo, costuma ter os seguintes passos:Idéia: a idéia ou o tema principal que move a produção de um vídeo; Elaboração do roteiro: momento em que a idéia toma forma propriamente dita. Nesta etapa definem-se os personagens, os estilos de filmagem, e o que se pretende, de fato, passar para o público com a obra;
Plano de filmagem: nesta parte acontece a elaboração de uma planilha, onde são especificados todos os locais de filmagem, bem como suas datas, horários, diálogos, personagens, figurino, cenário, tempo de cada cena, etc.
Captura das imagens: filmagem propriamente dita;
Decupagem das imagens: nesta etapa, os alunos assistem ao material gravado, selecionando o que é útil para a finalização da obra;
Pré-edição: as imagens são transferidas para o computador e ordenadas em pastas e sub-pastas;
Edição: montagem das imagens no computador, aplicação de efeitos, inserção de trilha sonora, de legendas ou frases de texto etc;
Finalização: gravação em mídia DVD, disponibilização em um portal da escola ou em um portal de vídeos.
JP - É necessário ter uma ilha de edição de imagens? Quais os equipamentos necessários para produzir um vídeo simples?
JMM - Para começar não é necessário um equipamento sofisticado. Há programas de edição de imagens, alguns mais simples e baratos e outros mais sofisticados e caros. O mais simples vem com o Windows XP ou Vista: é o movie maker. Permite alterar o filme da forma que cada um quiser, com um clique na opção linha do tempo. Hoje, algumas câmaras digitais já permitem fazer edição de fotos ou vídeos nelas mesmas.Tendo idéias e motivação facilmente se encontram as soluções técnicas mais adequadas para cada situação. O professor pode pedir aos alunos que encontrem as melhores soluções técnicas de edição.
Com as tecnologias digitais móveis, o avanço na conexão em redes, a WEB 2.0 com tantos recursos gratuitos colaborativos, há inúmeras soluções simples de acessar vídeos, de produzir vídeos, de editar vídeos e de publicar vídeos.
(REPORTAGEM: Renata Chamarelli e Fátima Schenini)
POSTADO POR: * Prof. Geane Poteriko)
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
LEITURA DE IMAGEM -VIDEO
MODULO 5 - AULA DIA 19/11/2010
VIDEO- LEITURA DE IMAGENS
AS NOVAS FORMAS DE PENSAR E DE APRENDER – ANDREA CECILIA RAMAL | ||
O QUE VIU | O QUE OUVIU | O QUE SENTIU |
Pessoas Várias tecnologia como: pergaminho, papel, livro radio, televisão, telefone, satélites, radar computador, controle remoto livro, pergaminho, teia, labirinto, internet, laboratório, cores etc. | Sobre a evolução e mudança de mentalidade da informação e comunicação ao longo do tempo. As três fases da mente humana 2º- Fase da oralidade- através das narrativas Mito funcionava como estratégias Tempo era visto como movimento cíclico como eterno retorno 2º-Escrita vem mudar as relações entre indivíduos e memória social e relativiza o papel da memória. Ajuda a perseguir linha. está relacionada ao aparecimento da ciência. 3º Pólo informática midiática- Agora o conceito de tempos está além da oralidade e escrita. Muda os conceitos de tempo e espaço trata-se de uma Cibercultura- Conjunto de técnicas materiais e intelectuais de praticas e atitudes de modo de pensamento e de valores que se desenvolver neste ciberespaço. Na cibercultura surge o link e Hipertextos-espécie e com links e redes Muda relação entre autor e leitor. O Novo Leitor é o Leitorautor Imagem fala mais que palavras multilinearidade | Processo de mudança da forma de pensar e aprender. Construção coletiva do conhecimento em redes Curiosidade Vontade Desejo Estimulo e criatividade |
Hipertexto -Glossario
Hipertexto
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Hipertexto é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual agrega-se outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links. Esses links ocorrem na forma de termos destacados no corpo de texto principal, ícones gráficos ou imagens e têm a função de interconectar os diversos conjuntos de informação, oferecendo acesso sob demanda as informações que estendem ou complementam o texto principal. O conceito de "linkar" ou de "ligar" textos foi criado por Ted Nelson nos anos 1960 e teve como influência o pensador francês Roland Barthes, que concebeu em seu livro S/Z o conceito de "Lexia"[carece de fontes?], que seria a ligação de textos com outros textos. Em palavras mais simples, o hipertexto é uma ligação que facilita a navegação dos internautas. Um texto pode ter diversas palavras, imagens ou até mesmo sons, que, ao serem clicados, são remetidos para outra página onde se esclarece com mais precisão o assunto do link abordado.O sistema de hipertexto mais conhecido atualmente é a World Wide Web, no entanto a Internet não é o único suporte onde este modelo de organização da informação e produção textual se manifesta.
Principais características do Hipertexto
- Intertextualidade;
- Velocidade;
- Precisão;
- Dinamismo;
- Interatividade;
- Acessibilidade;
- Estrutura em rede;
- Transitoriedade;
- Organização multilinear.[3]
Hipertexto e Internet
Uma das maiores controvérsias a respeito deste conceito é sobre sua vinculação obrigatória ou não com a internet e outros meios digitais. Alguns autores defendem que o hipertexto acontece apenas nos ambientes digitais, pois estes permitem acesso imediato a qualquer informação. A internet, através da WWW, seria o meio hipertextual por excelência, uma vez que toda sua lógica de funcionamento está baseada nos links.Outros pesquisadores acreditam que a representação hipertextual da informação independe do meio. Pode acontecer no papel, por exemplo, desde que as possibilidades de leitura superem o modelo tradicional contido das narrativas contínuas (com início, meio e fim). Uma enciclopédia é um clássico exemplo de hipertexto baseado no papel, pois permite acesso não-linear aos verbetes contidos em diferentes volumes. Um exemplo de hipertexto tradicional são as anotações de Leonardo Da Vinci e também a Bíblia, devido sua forma não-linear de leitura.[4]
Hipertexto e Educação
Um tópico relevante é a utilização da ferramenta de hipertexto na Educação. O trabalho com hipertexto pode impulsionar o aluno à pesquisa e à produção textual. O hipertexto como ferramenta de ensino e aprendizagem facilita um ambiente no qual a aprendizagem acontece de forma incidental e por descoberta, pois ao tentar localizar uma informação, os usuários de hipertexto, participam activamente de um processo de busca e construção do conhecimento, forma de aprendizagem considerada como mais duradoura e transferível do que aquela directa e explícita.
Na sala de aula, onde se trabalha com hipertexto, os alunos, num sistema de colaboração, acabam aprendendo mais e através de diversas fontes. O próprio conceito de hipertexto, pode nos levar a essa intenção. Uma atividade colaborativa traz benefícios extraordinários no que diz respeito a construção individual e coletiva do conhecimento. Os professores também podem trabalhar com hipertexto para funções pedagógicas. Utilizar textos de várias turmas e redistribuí-los é um bom exemplo. O hipertexto também traz como vantagem para a educação a construção do conhecimento compartilhado, um importante recurso para organizar material de diferentes disciplinas.Trabalhar com hipertexto leva o aluno a produção de textos e traz como vantagens a construção do conhecimento de forma dinâmica e inserindo o aluno e o processo educativo no mundo digital. Em sua produção o aluno se refere a conhecimentos antes apreendidos, mantendo uma relação sempre linear com o texto.
[5] Conferências Acadêmicas
Uma das principais conferências sobre novas pesquisas em hipertexto é a Conference on Hypertext and Hypermedia (HT),[6] realizada anualmente pela ACM.
The International World Wide Web Conferences Steering Committee[7] inclui muitos artigos de interesse. Há também uma lista com links para todas as conferências da série.[8]
glossário cibercultura
cibercultura:O próprio termo Cibercultura tem vários sentidos. Mas se pode entender por Cibercultura a forma sociocultural que advém de uma relação de trocas entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base micro-eletrônicas surgidas na década de 70, graças à convergência das telecomunicações com a informática. A cibercultura é um termo utilizado na definição dos agenciamentos sociais das comunidades no espaço eletrônico virtual. Estas comunidades estão ampliando e popularizando a utilização da Internet e outras tecnologias de comunicação, possibilitando assim maior aproximação entre as pessoas de todo o mundo. A Cibercultura não deve ser entendida como uma cultura pilotada pela tecnologia. Na verdade, o que há na era da cibercultura é o estabelecimento de uma relação íntima entre as novas formas sociais surgidas na década de 60 (a sociedade pós-moderna)e as novas tecnologias digitais. Ou seja, a Cibercultura é a cultura contemporânea fortemente marcada pelas tecnologias digitais. Ela é o que se vive hoje. Home banking, cartões inteligentes, voto eletrônico, pages, palms, imposto de renda via rede, inscrições via internet, etc. provam que a Cibercultura está presente na vida cotidiana de cada indivíduo. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. |
terça-feira, 2 de novembro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
sábado, 9 de outubro de 2010
PROJETO VIDEO NA ESCOLA
Por Elicene Ribeiro Matos de Oliveira
1. CARACTERIZAÇÃO
Este projeto foi realizado com os alunos do 3º ano B turno Vespertino da Escola Municipal Filhos de Salomão, que fica localizada a Rua Estrada Velha de Campinas de Pirajá, s/n –Campinas de Pirajá –Salvador-Bahia. Essa Turma é composta de 32 alunos com faixa etária entre 8 a 13 anos de idade, bastante heterogênea no processo de aprendizagem da leitura e escrita.
TEMA: – Evolução do Homem na Terra
CONTROVÉRSIA: A vida do homem no planeta Terra foi uma evolução ou uma criação?
CONTROVÉRSIA: A vida do homem no planeta Terra foi uma evolução ou uma criação?
2. OBJETIVO GERAL
O Objetivo principal proporcionar uma maior conhecimento dos alunos no processo de alfabetização e letramento cientifico.
3. MATERIAIS
Televisão, aparelho de DVD e mídia de Dvd, revistas, gravuras, máquina fotográfica digital.
4. OS MOMENTOS DA AULA
ATIVIDADES
n Primeira atividade: Roda de conversa com chuva de idéias - A professora explorou sobre os conhecimentos prévios dos alunos. O que os alunos sabem sobre evolução do homem na terra.
n Segunda atividade: Os alunos assistiram o vídeo sobre – A história de todos nós.
http://www.youtube.com/watch?v=lgP3AYm80Ug&feature=related
n Intervenção
Durante a apresentação do vídeo fiquem atentos aos conceitos de antepassados, primatas, primitivos, fosseis etc.
Terceira atividade: Sistematização dos conceitos: evolução, criação, ancestrais, primatas, primitivos, fósseis, paleontólogo descendentes através de um painel e um texto retirado da revista Veja. A viagem da evolução.
Intervenção- Falar sobre o que perceberam no vídeo sobre o uso da ciência e da tecnologia.
n Quarta atividade: Realização de um debate com os alunos para que eles demonstrassem suas opiniões sobre a evolução ou criação do homem. A favor ou contra a evolução ou a criação?
Foi realizado uma gravação com a opinião e os argumentos dos alunos.
n Quinta atividade: Realização de uma produção textual.
Intervenção – Escrever um texto contando o que aprenderam sobre a evolução do homem na Terra, dando opinião sua evolução ou criação.
5. OS CONCEITOS CIENTÍFICOS E OS RECURSOS TECNOLÓGICO
O vídeo utilizado é um documentário da Discovery bastante cientifico que oportunizou os alunos perceberem o processo da evolução humana a partir do uso da tecnologia digital com todos os recursos de um hipertexto.
Foram abordados os conceitos de uma pesquisa realizada sobre as descobertas do processo de evolução do homem na Terra. Os estudos realizados em laboratório sobre um primeiro germe a Picaia, do qual deu a origem aos primeiros mamíferos, vertebrados. Estudos sobre os fosseis de dinossauros, o fim da era dos dinossauros. A teoria da evolução do homem a partir dos primatas. O uso do vídeo ascendeu nos alunos à curiosidade de aprender mais sobre o desenvolvimento do corpo humano a partir do uso de vídeo. E, principalmente pelo debate realizado onde os mesmos tiveram oportunidade para expressar suas opiniões.
A próxima sequência didática será realizada com uma reportagem sobre a exposição do corpo humano.
6. A ARGUMENTAÇÃO
Na primeira atividade – Chuva de idéias, os alunos trouxeram o que sei:
O homem veio do macaco, o homem foi criado por Deus
No momento do debate
Intervenção –
Agora que você já assistiu o vídeo sobre a história de todos nós dê sua opinião:
Qual sua opinião: A existência do homem na Terra foi um processo de evolução ou uma criação de Deus?
A maioria dos alunos acreditam que o homem foi criado por Deus “Muitos pensam que o homem foi descendente do macaco, mas na sua fala "foi Deus que nos fez. Pelo pó da Terra”... (Valber Maicon)
7. REGISTROS DOS ALUNOS
Foi realizada uma gravação com a fala de alguns alunos durante o debate e uma produção de texto.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse tema trouxe para a sala de aula uma discussão sobre o conhecimento do criacionismo, seus fundamentos e seus argumentos de fé e de razão, visto que é um fenômeno que hoje tem no mundo uma certa amplitude e generalização na vida de nosso alunos.
Os mesmos tiveram oportunidade de conhecer a teoria da evolução humana a partir do vídeo sobre a história de todos nós, se apropriando de conceitos da ciência e tecnologia através da exposição do tema. E a partir desse conhecimento conseguiram participar do debate, expondo suas opiniões a respeito da evolução ou criação do homem no planeta Terra e trazer os conhecimentos religiosos através da sua fé.
Alguns alunos trouxeram na escrita já uma critica a tecnociência.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Projeto de Aprendizagem
LINGUA PORTUGUESA E O USO DO BLOG
TEMPO- 12 meses
CONTEXTUALIZAÇÃO
Este projeto será aplicado para alunos do 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental I da Escola Municipal Filhos de Salomão, localizada a Rua Estrada Velha de Campinas de Pirajá, s/n –Campinas de Pirajá –Salvador -Bahia .
PROBLEMATIZAÇÃO
O que vemos hoje em dia é um uso da internet meramente voltado para o entretenimento e trivialidades, e a internet é um mundo virtual repleto de tudo. A educação tem a obrigação de se apropriar desse novo veículo, e dinamizar sua forma de trabalhar e pensar. Arejar, colorir e possibilitar ao estudante outras e diferentes formas deste se relacionar com o saber e o prazer.
JUSTIFICATIVA
As novas tecnologias na sociedade contemporânea tem exercido profunda influência na forma como o homem se comunica, pensa e interage como os outros homens e com a natureza, e como as tecnologias da inteligência contribuem para redefinir o conhecimento de forma mais significativa.
Pois bem, empolgada e preocupada com alcance que as novas mídias possuem, e sua direta influência na vida das crianças e jovens estudantes, proponho a construção de um blog. Considero importante o uso do blog para que os alunos possam desenvolver o hábito de registro produção e divulgação de suas idéias, enriquecendo assim os seus relatos com links, fotos, ilustrações.
Ressalto ainda, os sistemas de criação e edição de blogs são estratégias que visam dar a palavra aos estudantes para desenvolver a sua criatividade.
OBJETIVO GERAL
Possibilitar aos alunos um espaço para publicação e divulgação de seus trabalhos e o possível debate sobre os mesmos.
METODOLOGIA
A internet não é a salvação, longe disso. Um instrumento a mais. Alternativa. Mas deverá sim ser usada, pensada e trabalhada na sala de aula. Ou fora dela.
A construção do blog será uma forma de fazer os alunos se interessarem um pouco mais. Tentativa de aproximar, de diminuir distâncias. Será o local onde os mesmos tenham possibilidades de mostrar suas veias artísticas com suas produções de contos, poesias, e memórias literárias oficina de letras e textos, fotografias, noticias etc.
O blog será utilizado primariamente como produção textual , embora uma parte seja focada em temas exclusivos de divulgação como arte, fotografia, vídeos, música ou áudio, formando uma ampla rede de mídias sociais. Será um espaço aberto para o diálogo entre alunos e professores postarem seus comentários, opiniões, reclamações, podendo ser possível também espaço para criação de um jornal das turmas.
CONTEÚDOS
· LITERATURA
· NOTÍCIAS
· MÚSICAS
· FOTOGRAFIAS
AVALIAÇÃO
Será processual através de observações dos conhecimentos adquiridos pelo aluno e as turmas durante o desenvolvimento das atividades do Projeto, bem como as demais atividades registradas no Blog.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
http://nteitaperuna.blogspot.com/- 4/10/2010
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
RESENHA - O que é Virtual?
PIERRE, Lévy. O que é Virtual. Tradução de Paulo Neves – São Paulo: Ed.34, 9ª reimpressão. 2009
Pierre Lévy filósofo francês , professor da Universidade de Ottawa, no Canadá, é um dos mais importantes estudiosos dos efeitos das tecnologias de comunicação do mundo contemporâneo com vários livros escritos,como: Cibercultura, As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática, As árvores de conhecimentos, A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. Em seu livro “O que é o Virtual”, Lévy aborda, em nove capítulos de forma bastante abrangente, as conseqüências que a virtualização gera na sociedade moderna. Através de uma abordagem conceitual, mas ao mesmo tempo contextualizada e reflexiva, o autor desmistifica uma série de convenções, dentre elas o conceito de virtual.
O virtual seria uma potência, um “devir outro do ser humano”. O autor utiliza-se de exemplificações que vão desde aspectos econômicos, como a virtualização do mercado e da economia, a fenômenos político-sociais, como inteligência coletiva e desterritorialização, para explicar a virtualização, e a sua importância para a sociedade moderna. Para o autor, o fenômeno da virtualização afeta os corpos, a economia, a sensibilidade e a inteligência das pessoas. Prova disso é que, devido às tecnologias de comunicação, o comportamento das civilizações vem sendo modificado, ou seja: está acontecendo uma reconfiguração das civilizações, a partir dos efeitos das tecnologias de comunicação.
CAPITULO 1 – O QUE É VIRTUALIZAÇÃO?
Segundo Lévy, virtual não é o contrário de real, mas sim tudo aquilo que tem potencialidade para se concretizar. O virtual é oposto ao conceito atual. A atualização e a virtualização são dois conceitos diferentes. A atualização é uma solução de um determinado problema, um resultado de fatores que se conjugam e originam uma solução. Pierre Lévy define a atualização como “uma criação, invenção de uma forma a partir de uma configuração dinâmica de forças e de finalidades.” A virtualização é oposta à atualização, pois não se trata de uma solução, mas sim uma “mutação de entidade”, uma deslocação da entidade no espaço.
Levy nos mostra diversas comparações entre a sociedade que debate o tema do virtual e o modo de vida nômade dos tempos primitivos do Homem. Neste momento o Humano viaja no espaço sem nenhum destino específico, mas com mais possibilidades de existência. O autor refere que “o turismo é, a indústria mundial que mais lucros apresentam.” Ele lança uma questão importante - “A multiplicidade dos media e o crescimento dos débitos de comunicação substituirão a mobilidade física?” Pierre Lévy, com certeza responde que não. Quem recorre mais ao telefone, é quem convive mais no exterior, ou seja, quem faz um maior uso das tecnologias de comunicação é, também, quem se move mais no social. A virtualização não vem eliminar os espaços já existentes, vem reforçá-los com criação de novos.
A criação de espaços novos é um problema no caso das empresas virtuais onde o trabalho facilmente se mistura com o domínio privado (a sua casa). Nas empresas clássicas havia uma separação. O trabalho realizava-se no local adequado e o domínio privado, a casa, nunca era invadido pelo público, o trabalho. Nas empresas virtuais o trabalhador muitas vezes já não sabe para quem está a trabalhar pela multiplicidade de recursos que existem. As fronteiras do real deixam de existir no virtual e as regras de organização física perdem o sentido que antes tinham. Começa-se a colocar em causa as regras e por isso se pode afirmar que a virtualização é sempre heterogénese: “processo de acolhimento da alteridade.” O “efeito Moebius” retrata este aspecto: “a passagem do interior ao exterior, e do exterior ao interior
CAPÍTULO 2 - A VIRTUALIZAÇÃO DOS CORPOS
Lévy analisa em detalhe o corpo pelo caminho da virtualização, é necessário compreender conceitos como: “O real, a substância subsiste ou resiste. O possível esconde formas não manifestadas, escondidas, onde insistem. O virtual, como já foi referido, não está lá, a sua essência está na saída, ele existe. Por fim, sendo manifestação de um acontecimento, o atual ocorre a sua operação é a ocorrência. Mas também será necessário compreender o que é de fato a virtualização: “operações de problematização, de desterritorialização, de comunhão, de constituição recíproca da interioridade e de exterioridade”.
O corpo humano é agora compreendido pelo Homem através da medicina. Tornou-se um objeto modificável através de operações plásticas, dietas, drogas, hormônios, quase tudo passou a ser possível de alteração. Além disso as tecnologias de comunicação permitem ao Homem estar “aqui e ali”, estar num espaço físico e noutro ao mesmo tempo independentemente da distância pois a velocidade de transmissão é muito rápida. Convém aqui lembrar esta frase de Pierre Lévy “a sincronização substitui a unidade do espaço, a interconexão substitui a unidade do tempo,” A virtualização do corpo será uma etapa da virtualização dos desejos, atividades físicas e psíquicas necessitam de uma exterioridade que ocorre na virtualização. A exteriorização é feita por todos e na virtualização podemos ter acesso às sensações do outro, nos sistemas avançados da realidade virtual em quase tudo a experiência do outro é semelhante à nossa. Mas o Homem não parece ficar por aí. Até o corpo está a ser projetado no virtual, onde através da técnica consegue-se “reconstruir modelos numéricos do corpo em três dimensões.” Somos assim organismos híbridos - que se afastam das leis naturais – e passamos a ter um “hipercorpo”, onde tudo se partilha e tudo se adiciona e o aqui e agora tem muita importância nestes novos corpos pois todas as emoções procura-se que sejam intensas, por conseguinte, justifica-se cada vez mais a adesão a desportos radicais, de forma a evidenciar a nossa condição mortal. Lévy termina este capítulo com um parágrafo onde descreve de forma sucinta todo o processo do “hipercorpo” num texto narrativo com tonalidades poéticas: “O meu corpo é a atualização temporária de um enorme hipercorpo híbrido, social e tecnobiológico. O corpo contemporâneo é como uma chama, muitas vezes minúsculo, isolado, separado, quase imobilizado. Depois, ele sai de si mesmo, intensificado, pelos desportos ou pelas drogas, passa por um satélite, liga-se então ao corpo público e queima-se com a própria chama, brilha com a mesma luz do que os outros “corpos – chama”. De seguida, volta a si, transformado, numa esfera quase privada aqui e por todo o lado, tanto em si como misturado. Um dia, ele separa-se completamente do hipercorpo e apaga-se.”
Outra característica que corrobora a virtualização da sociedade moderna refere-se ao nosso corpo. Segundo Lévy, cada vez mais os nossos sentidos e percepções são afetados pelas tecnologias de comunicação. Nossa aparência física é alterada por próteses especiais (cirurgias plásticas, academia); nosso estado de saúde é modificado pela medicina moderna (e pelas transfusões sangüíneas); nossa capacidade física é intensificada pelos esportes radicais.
Tudo isso – próteses, transfusões, esportes radicais – são formas virtuais que o homem encontrou para fugir de sua situação atual, de sua atualidade. O autor afirma que virtual não é o contrário de real, mas o contrário de atual. Portanto, esses “aparatos tecnológicos” que melhoram nossa aparência física e nossa saúde são, também, conseqüências do virtual.
CAPITULO 3 – A VIRTUALIZAÇÃO DO TEXTO
Pierre Lévy indica-nos que o texto sempre foi um “objeto virtual.” Não está nem esteve dependente de um suporte físico específico. No entanto, apesar do texto se um “objeto virtual” quando o lemos, automaticamente atualizamos o assunto, construindo uma “paisagem semântica móvel e acidentada”
Como tecnologia intelectual a escrita virtualiza a nossa memória, não se podendo afirmar que a escrita é apenas um registo da palavra. Contudo a virtualização da memória não deverá ser confundido com o informático. O hipertexto - “matriz de textos potenciais” - apresenta-se na World Wide Web como um continuum de texto, e existe um enriquecimento na leitura pois o hipertexto além de ser um continuum de textos é também uma nova forma de apresentar o texto. “O hipertexto numérico definir-se-ia, então, como uma coleção de informações multimodais dispostas numa rede, navegável de forma rápida e intuitiva.” Existe uma desterritorialização do texto no ciberespaço, as noções de “unidade, identidade e localização” deixam de ter sentido. O ciberespaço, através do texto, acaba por ser um reflexo da sociedade. O texto projeta-se no mundo virtual através do efeito Moebius. A busca do texto no ciberespaço também é diferente. Procura-se o nosso pensamento no aqui e agora e não o pensamento do autor. Para concluir Levy escreve acerca de uma futura ideografia dinâmica que está a surgir, baseando-se nos ícones informáticos e nos jogos de vídeo.
CAPITULO 4 – A VIRTUALIZAÇÃO DA ECONOMIA
Segundo Pierre Levy na economia tudo caminha para o virtual. “A humanidade nunca consagrou tantos recursos a não estar lá.” Metade da atividade econômica mundial baseia-se nos serviços de transporte e a atividade que apresenta mais lucros é o turismo. No entanto, não é apenas esta desterritorialização que marca presença na virtualização da economia. Existem invenções ou mecanismos que acentuam a virtualização da economia: os bancos online, por exemplo. Também a informação e o conhecimento passaram a ter uma nova relevância na nova economia após a segunda guerra mundial. Tornaram-se bens primordiais. São importantes, pois assistimos a uma “emergência de uma economia de abundância” e o conhecimento e a informação pode proporcionar outro tipo de riqueza que não se pensava na “economia de raridade.” Ora, mas o que é a informação? Virtual ou imaterial? A informação não é material nem imaterial, trata-se de uma ocorrência. A informação é virtual, pois existe “uma separação de um aqui e agora particulares, passagem ao domínio público e, sobretudo, heterogénese.” Mas na virtualização da economia até o modo de pagamento do trabalhador se altera. O trabalho deixa de ser pago à hora, para ser pago consoante a competência de cada indivíduo, o seu potencial. Com a crescente informação coloca-se a questão do copyright. No caso do texto o que se pagava era o suporte físico do mesmo e não o texto em si. Lévy afirma que a perspectiva é pagarmos pela utilização e não pelo objeto em si. Existe assim “uma passagem de uma propriedade territorial rígida a uma retribuição de flutuações desterritorializadas, e a transformação de uma economia de valor de troca em economia de valor de uso.” A outra solução apresentada é haver um pagamento da atualização do hipertexto, uma forma de ele ser entendido. Nesta nova economia existe um macropsiquismo que se forma: “operações do pensamento, emoções, conflitos, entusiasmos, ou esquecimentos” que é decomposto pelo autor analisando a sua conectividade, semiótica, axiologia e energética.
No campo da economia, merece destaque a tendência atual do mundo de negócios: com a desterritorialização, o turismo passou a ser um dos ramos mais lucrativos da economia, devido ao constante fluxo de pessoas pelas diferentes regiões do mundo. Segundo Lévy, a era do virtual fez com que a sociedade voltasse a ser nômade, tendo uma movimentação constante em torno do globo, o que ele chama de "instabilidade social".
Ainda na economia, outro fator a destacar é a crescente valorização de transações financeiras virtuais, nas quais negócios bilionários são feitos através de sistemas online, sem que nenhuma moeda passe pelas mãos dos envolvidos na transação. Portanto, a internet criou também novas tendências de mercado para o mundo, mudando completamente a relação de compra e venda.
CAPITULO 5 – AS TRÊS VIRTUALIZAÇÕES QUE FIZERAM O HUMANO: A LINGUAGEM, A TÉCNICA E O CONTRATO
Lévy desenvolve o que diz ser “um retomar da autocriação da humanidade.” Esta autocriação da humanidade é possível pelo fato de existirem três processos de virtualização que permitiram o desenvolvimento da linguagem, das instituições e da técnica. Importa indicar que a linguagem é a virtualização do aqui e agora, a técnica é a virtualização da ação e o contrato a virtualização da violência. A humanidade recriasse através de processos de virtualização que permitem a organização de uma sociedade mais evoluída.
CAPITULO 6 – AS OPERAÇÕES DA VIRTUALIZAÇÃO O TRÍVIO ANTROPOLOGICO
Pierre Lévy neste capítulo faz uma comparação entre o Trivium, do ensino liberal da Antiguidade: a retórica, a dialética e a gramática e a virtualização. Indica que a gramática constitui a fundamentação da virtualização, a retórica projeta o virtual, e a dialética é o que une o virtual, sistema de signos, ao mundo objetivo. “Um caso de virtualização fora de tempo”.
CAPITULO 7- A VIRTUALIZAÇÃO DA INTELIGÊNCIA E A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO
Lévy acredita ser no aspecto cognitivo onde o impacto das novas tecnologias de comunicação afeta o ser humano. Para ele, a virtualização proporciona grandes alterações na inteligência das pessoas, ao possibilitar uma maior troca de experiências e uma maior interação entre indivíduos de diferentes partes do mundo. Mas essas alterações cognitivas começaram há bastante tempo, desde as primeiras mudanças no estágio de comunicação da sociedade. Quando a comunicação prioritariamente oral foi acrescida pela linguagem escrita, tivemos aí a primeira virtualização. Em seguida, com a introdução do alfabeto, e posteriormente da imprensa, novamente o virtual esteve presente.
CAPITULO 8- A VIRTUALIZAÇÃO DA INTELIGÊNCIA E A CONSTITUIÇÃO DO OBJETO
Ao contrário das abelhas, dos cupins e das formigas – exemplo de Pierre Lévy para tratar da inteligência coletiva – somos seres conscientes e emotivos. Pensamos, reagimos emocionalmente, temos liberdade para reinventar o mundo. A formiga é “obediente e beneficiária, ela apenas participa.” Os Homens partilham de uma inteligência social que permite terem uma noção do todo, uma mundivisão. E possível a cada um deles alterar um pouco da realidade social que o envolve.
Na sua teoria do virtual Lévy indica que existe um objeto que potencia a virtualização: o ciberespaço. “É um objeto comum, dinâmico, construído, (ou, pelo menos, alimentado) por todos aqueles que o usam. Adquiriu este caráter de “não separação” por ter sido fabricado, aumentado, melhorado pelos informáticos que foram, inicialmente, os seus principais utilizadores. O ciberespaço é uma virtualização da realidade, onde o Homem ainda ganha mais liberdade para essas alterações, um espaço onde a heterogénese – conceito marcante neste livro – acontece. A inteligência coletiva.
Com as novas tecnologias de comunicação, como a internet, a sociedade deu mais um salto rumo ao virtual. Portanto, a virtualização afeta o cognitivo das pessoas. E em última instância, acontece o que Lévy chama de “inteligência coletiva”, também potencializada pelas novas tecnologias de comunicação. Esse fenômeno é marcado por uma maior interatividade entre as pessoas; uma constante troca de conhecimentos que gera um conhecimento coletivo, aperfeiçoado, dinâmico. Logo, um conhecimento que está acessível a todos.
CAPITULO 9 – O QUADRÍVIO ONTOLOGICO: A VIRTUALIZAÇÃO, UMA TRANSFORMAÇÃO ENTRE OUTRAS
No último capítulo Pierre Lévy deixa um quadro elucidativo de toda a base da sua teoria. Existem as substâncias por um lado. O potencial (pólo do latente), conjunto de possíveis predeterminados realiza-se no real (pólo do manifesto), nas coisas persistentes. Por outro lado existem os acontecimentos. O virtual, problemas, tendências, constrangimentos, forças e afins atualizam-se no atual, solução particular de um problema aqui e agora.
O aqui e agora e a sua mudança de identidade para um ciberespaço onde tudo é possível e atualizável. A existência não se coloca em causa, apesar de não haver substância: trata-se de uma ocorrência. Pierre Lévy confessa no epílogo que ainda tentava entrar no virtual e com ironia acaba o livro com um: “Bem-vindos ao caminho do virtual!”
Lévy mostra a quem lê o seu livro um novo caminho para a descoberta do virtual. Dá uma imagem positiva do conceito e acima de tudo retira a idéia asfixiante e negativa que paira sobre o virtual. Transforma o virtual num conceito com uma carga axiológica neutra e liberta o ciberespaço para a criação livre e heterogênea.
Por- Elicene Ribeiro Matos de Oliveira
Aluna do Curso de Especialização em Tecnologias e Novas Educações
Módulo I –Dimensão Estruturante das Tecnologias
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